O primeiro objetivo deste livro, nas palavras do próprio autor, “passa por dar a conhecer os segredos da aprendizagem automática”.
Em palavras simples, diz-nos Pedro Domingos, no prólogo do seu livro A Revolução do Algoritmo Mestre:
“O leitor poderá não o saber, mas a aprendizagem automática está presente em toda a parte. Quando escrevemos alguma coisa num motor de busca, é a aprendizagem automática que permite a este mesmo motor determinar quais os resultados que nos vai mostrar (e também quais os anúncios). Quando lemos o nosso email, não vemos a maior parte do spam porque a aprendizagem automática o filtrou e excluiu. Vamos à Amazon.com comprar um livro ou à Netflix para ver um vídeo, e o sistema de aprendizagem automática recomenda-nos títulos dos quais poderemos gostar. O Facebook usa a aprendizagem automática para decidir quais as atualizações a mostrar, e o Twitter faz o mesmo com os tweets. Sempre que usamos um computador, o mais provável é que algures a aprendizagem automática esteja envolvida no processo.”
Com este livro, o autor permite-nos compreender melhor a revolução digital que estamos a viver e, sobretudo, saber como devemos usar de forma inteligente as novas tecnologias. Porque, como ele próprio sublinha:
“Quando uma nova tecnologia é tão abrangente e tem uma capacidade interventiva tão grande como a aprendizagem automática, não é sensato deixar que a mesma continue a ser uma caixa negra. A opacidade abre a porta ao erro e ao uso indevido. É o algoritmo da Amazon, mais do que qualquer pessoa específica, que determina quais os livros que são lidos atualmente no mundo. Os algoritmos da NSA decidem se somos potenciais terroristas. Os modelos climáticos decidem o nível seguro de dióxido de carbono na atmosfera. Os modelos de escolha de ações dirigem mais a economia do que a maioria de nós. Não podemos controlar aquilo que não entendemos, razão pela qual temos de compreender a aprendizagem automática – como cidadãos, como profissionais e como seres humanos dedicados à busca da felicidade.”