O coelhinho da Páscoa

Quando a tradição se torna costume e as memórias de infância são partilhadas e passadas às gerações seguintes. Quem não conhece a lenda do coelhinho da Páscoa que esconde os ovinhos de chocolate (e guloseimas) no jardim para que as crianças no dia da ressurreição os procurem e se deliciem?Esta lenda, que remonta ao século XVII, está, hoje, largamente difundida pela Europa.

Os povos germânicos já possuíam ritos de celebração em comemoração ao fim do inverno e início da estação mais quente. Alguns desses costumes foram posteriormente incorporados no ritual cristão de comemoração da ressurreição de Cristo e a Páscoa mostra essa mistura entre o pagão e o cristão.

Esta Páscoa, cheia de cor e alegria, com casas decoradas como se fosse Natal, é a Páscoa de que nós nos recordamos e que trouxemos na bagagem para Portugal

Ninguém sabe muito bem por que razão o coelho está associado à Páscoa, certo é que uns acreditam que ele é um símbolo de fertilidade, da passagem do inverno para a primavera ou um ser divino, não fosse o animal estar associado a Ostara, a Deusa germânica da Primavera. Além disso, a tradição de cozinhar e pintar os ovos tem origem no costume de suspender o consumo de carne e ovos durante a quaresma. Os ovos eram cozidos para não se estragarem e pintados de vermelho para serem diferenciados dos ovos frescos.

Independentemente do que cada um acredita, as crianças adoram o coelhinho da Páscoa e imaginam-no, com toda a sua vitalidade, a saltar pelos prados e a esconder os ovinhos. Sim, aqueles ovinhos que elas passaram tardes a pintar e a decorar e que agora os pais e avós escondem para elas os encontrarem no domingo de Páscoa. A tradição mantém-se até hoje. Para nós, a tradição do coelhinho da Páscoa é pura diversão e um dia bem passado em família.

Carla Silva & Noélia Moreira

Equipa philos